Estima-se
que milhões de brasileiros sejam de portadores de diabetes. Desse
total, acredita-se que a metade dos indivíduos desconheça sua condição
de diabético. |
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Estudos mostram que o portador do diabetes sofre um efeito debilitante
nas extremidades, principalmente nos pés, sendo que muitos dos
pacientes com diabetes poderão, eventualmente, desenvolver úlceras
(feridas) nos pés.
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Tais úlceras podem infectar-se e levar à amputação e mortalidade.
Aproximadamente 50% das amputações não-traumáticas ocorrem em
diabéticos.
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Os pacientes diabéticos apresentam alteração na sensibilidade
dos pés, o que pode ocorrer em função da diminuição da transmissão
do impulso nervoso (neuropatia diabética).
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Ocorre por vezes, anestesia da planta dos pés, que pode passar
desapercebida pelo paciente. Erros de postura, provocam calosidades
e calos, e por não serem dolorosos, não acionam, consciente ou
inconscientemente, os mecanismos de defesas, evoluindo para úlceras
que dificilmente cicatrizam.
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Outro fator que contribui para demora na cicatrização das feridas
é o uso de sapatos apertados, pois a falta de sensibilidade faz
com que não sinta os traumatismos repetidos e conseqüentemente
suas lesões.
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Na presença de neuropatia e/ou vasculopatia, um pequeno trauma
pode levar a uma ulceração cutânea, que associada a uma deficiência
no processo cicatricial devido ao descontrole metabólico, evoluindo
torna- se uma causa freqüente de amputação de extremidades distais
de membros inferiores nos pacientes diabéticos.
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Procure
um Podólogo
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Faça avaliação nos pés, através de exame físico, ou seja, inspeção
e palpação da pele (coloração, temperatura...), inspeção de unhas
e subcutâneo, estrutura, palpação dos dos pulsos arteriais tibial
posterior e pedioso (que pode estar ausente em 10% dos indivíduos
normais)
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Avaliação da sensibilidade protetora plantar utilizando- e de
se monofilamentoto de 10g em 6 regiões do pé, inclusive em pontos
de pressão do pé, em forma estática.
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A cada consulta deverá ser feita a inspeção dos pés para ser avaliada
a presença de unha encravada e/ou deformada, calosidades, fissuras,
bolhas, úlcera intertrigo micótico, além de inspecionar os calçados,
verificando a presença de pontos de atrito ou pressão plantar
excessiva e desgaste irregular.
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O
objetivo do podólogo
É reduzir as incidências de problemas graves; dar ao paciente
condições e informações de conviver em conforto.
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Os
pacientes diabéticos devem ser educados e compreender os cuidados
com os pés, seguindo as orientações abaixo:
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1. Examinar os pés diariamente.
Se tiver dificuldade, utilizar um espelho ou pedir a algum familiar
ou amigo que o examine. Verificar a cor, temperatura e sinais
de pressão.
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2. Se houver calos, fissuras,
frieiras, alterações de cor ou úlceras, mesmo que não provoque
dor, deve se considerar como um sinal de alerta. Procure comunicar
seu médico ou podólogo ou a equipe de s saúde de diabetes. Não
manipule por si, nem deixe que "pseudos- profissional" manipulem
calosidades, calos e unhas encravadas, que porventura apareçam
nos seus pés. Essas podopatias surgem por a apoio inadequado,
o que deve ser visto e analisado.
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3. Vista sempre meias limpas
. Devem ser folgadas e de preferência de algodão, sem costuras
rígidas. Devem ser bem enxaguadas e trocadas diariamente. Caso
tenham costuras, usa-las do lado do avesso.
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4. Nunca ande descalço, mesmo
em casa, pois pequenos traumas podem resultar em feridas, principalmente
em terrenos abrasivos, e sob sol forte (poderá queimar a planta
de seus pés em terrenos quentes). Na praia, use chinelos e quando
voltar lave bem os pés conforme o recomendado. Após o banho, você
pode usar álcool para desinfecção.
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5. Lave seus pés diariamente,
com água morna e sabonete anti- séptico, porém o melhor a ser
usado é o sabonete neutro de glicerina. Evite água quente. Enxugue
bem os espaços entre os
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6. Após lavar os pés use um
hidratante a base de lanolina, mas não aplique entre os dedos.
Procure sempre manter a pele hidratada, através do uso constante
de hidratantes.
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7.
Use sempre calçados confortáveis.Compre-os, de preferência no
período da tarde, pois seus pés estarão mais inchados.Use de preferência
sapatos de couro fino, sola maleável, sem costuras internas. Procure
calçados pouco maiores que o habitual (um número a mais), e ao
experimenta-los veja se todos os dedos estão movendo-se dentro
dos calçados, para que fiquem confortáveis. Comece usando-o poucas
horas por dia, até que esteja perfeitamente acostumado.
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As palmilhas especiais são úteis por distribuirem o peso do corpo
por toda a superfície plantar, e não apenas em três pontos, evitando
as calosidades plantares.
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Não medicar-se por conta própria utilizando produtos ácidos sobre
os calos (aspirinas, AAS, melhoral, calicidas, alho....etc. ),
pois provocam lesão tecidual que pode se tornar grave
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Corte as unhas sempre em ângulo reto e lixe delicadamente. Se
tiver dificuldades, procure uma podólogo especialista em pés diabéticos
ou a equipe de saúde de diabetes para fazê-lo.
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O
cuidado profissional, os programas de educação e o cuidado pessoal
podem prevenir contra possíveis problemas e melhorar a qualidade
de vida das pessoas com diabetes.
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Pdgo.
Orlando Madella Jr
Especialista em terapia preventiva com
curso de especialização hospitalar em pés diabético.
Atendimento: Av. Paulista, 807 - Conj.
1012 São Paulo - SP
Tel: ( 011 ) 3266 4710 - E-mail:
podologia@podologoorlando.com.br |